«O que mudou? Dos kindertransport e das crianças caritas ao acolhimento de menores dos campos de refugiados» | Palestra online evocativa do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Quatro alunas do Projeto N.O.M.E.S. dinamizaram, hoje, uma palestra sobre o acolhimento de crianças refugiadas. As alunas fizeram uma apresentação sobre os Kindertransport (acolhimento de crianças judias em 1938/9 na Inglaterra) e entrevistaram a professora Constança Sarmento, filha de uma criança Caritas francesa e de um filho da família de acolhimento portuguesa, e o psicólogo e músico Raul Manarte, ativista do HuBB e voluntário em várias missões, nomeadamente duas vezes no campo de refugiados de Moria.
A professora Constança Sarmento partilhou a sua história familiar de afetos, de generosidade e solidariedade em tempos difíceis do passado e como isso a moldou como pessoa atenta aos outros e ao mundo, tentando devolver a outros o que a sua família recebeu.
O Raul Manarte, através das suas palavras e da sua música, trouxe-nos os problemas atuais, nomeadamente dos menores não acompanhados em Moria, e o que podemos fazer para inverter situações que não deviam sequer já existir. Falou-se do que nos une para agir e do que nos causa atrito e resistência para intervir. De conflitos éticos e dilemas quando se está no terreno - quem salvar? atitudes benevolentes, como doações, perpetuam o problema ainda que possam colmatar o frio deste inverno? se as ONG estão presentes nos campos não retiram responsabilidades aos políticos para agir e mudar a situação? Falou-se de humanidade, com esperança que naquelas 100 pessoas que assistiram à palestra, alguma semente de ativismo possa desabrochar.
Obrigada aos nossos convidados e a todos os participantes. Parabéns às alunas dinamizadoras (Filipa Silva, Isaura Santos, Márcia Brandão e Mariana Moreira).
A professora Constança Sarmento partilhou a sua história familiar de afetos, de generosidade e solidariedade em tempos difíceis do passado e como isso a moldou como pessoa atenta aos outros e ao mundo, tentando devolver a outros o que a sua família recebeu.
O Raul Manarte, através das suas palavras e da sua música, trouxe-nos os problemas atuais, nomeadamente dos menores não acompanhados em Moria, e o que podemos fazer para inverter situações que não deviam sequer já existir. Falou-se do que nos une para agir e do que nos causa atrito e resistência para intervir. De conflitos éticos e dilemas quando se está no terreno - quem salvar? atitudes benevolentes, como doações, perpetuam o problema ainda que possam colmatar o frio deste inverno? se as ONG estão presentes nos campos não retiram responsabilidades aos políticos para agir e mudar a situação? Falou-se de humanidade, com esperança que naquelas 100 pessoas que assistiram à palestra, alguma semente de ativismo possa desabrochar.
Obrigada aos nossos convidados e a todos os participantes. Parabéns às alunas dinamizadoras (Filipa Silva, Isaura Santos, Márcia Brandão e Mariana Moreira).